terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Os escritores e os seus fantasmas

[dedicado ao Rui Costa e ao Rui Manuel Amaral]


Tenho vontade de contar uma história, disse um. E eu também, disse outro, e ambos puseram mãos à obra. Um escreveu com facilidade um extenso romance com mais de oitocentas páginas, outro escreveu-se penosamente em meia dúzia de linhas.


P.S.

Acho que ficaria melhor se tivesse acrescentado umas das seguintes moralidades:

Cada um escreve segundo as suas capacidades, cada um escreve segundo as suas necessidades.

Para escrever um texto longo basta começar e ir por aí adiante, já um texto breve exige uma enorme disciplina e um extremo controlo.


P.P.S.

Talvez devesse ter mencionado que o título - ao mesmo tempo uma epígrafe - é o mesmo de um livro de Ernesto Sabato, um dos maiores romancistas da América latina, e a sua escolha foi intencional.

Cruzeiro Seixas

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