segunda-feira, 14 de novembro de 2016

PUBLICAR OU NÃO PUBLICAR?

Este ano de 2016 voltei a experimentar a sensação agridoce que a publicação de um livro sempre me traz, o que aconteceu novamente com "Escrever é dobrar e desdobrar palavras à procura de um sentido", editado pela Lua de Marfim, a convite da mesma através do escritor Fernando Esteves Pinto.
Como já disse antes, o escritor escreve, é isso que ele faz, e se o convidarem ou surgir uma oportunidade, poderá decidir publicar em livro, pelo menos é o que eu penso. Porém, se publicar é colocar à disposição de um público, a publicação de um livro não é hoje a única alternativa para completar o ciclo autor-obra-publicação-leitor. Na coluna da direita, com o título BAÚ poderão encontrar alguns textos que escrevi, com destaque para as minhas últimas obras não editadas em livro. São duas obras distintas em registos distintos mas que têm sem dúvida traços em comum. A primeira, O que não consigo explicar posso sempre escrevê-lo", está completa, tão completa quanto uma obra pode estar; a segunda, A vida entre parênteses, ainda beneficiaria de uma revisão e de alguma eventual reescrita, pelo que peço que a considerem ainda nesse estado.
O que me move ao colocar estas duas obras à disposição do público é não só o desejo de as partilhar mas também o desejo de regressar à folha em branco, terminando o ciclo.



Cruzeiro Seixas

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