A Sylvia Beirute afirma-se com vontade para reflectir sobre a poesia publicada na Internet versus a poesia publicada em papel. Fico à espera.
Pela minha parte ainda me lembro das recorrentes vozes que proclamavam que nos blogs o que abundava era a falta de qualidade, e que a literatura de qualidade só podia ser encontrada em papel. E quem diz blogs diz Internet.
Sempre discordei dessa afirmação, assim pura e dura, e sempre declarei que me surpreendia com a qualidade do que encontrava na Internet.
O tempo tem-me dado razão e muitos desse autores têm chegado ao papel.
Claro que a Internet favorece mais alguns géneros que outros e que as suas potencialidades ainda mal foram afloradas, sobretudo em português, mas atente-se por exemplo na microficção, esse género des-generado e promíscuo e o resultado é bastante favorável à Internet.
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