Tenho escrito todos o dias e é assim que deveria ser. Inicio com facilidade e termino sempre com dificuldade e com a sensação que o texto nunca está concluído, sensação que nada tem a ver com o facto de se tratar de pequenos textos. Escrever é sempre tentar acertar no alvo e falhar, mesmo quando se acerta. Escrevo uns textos a que chamei poemas mecânicos e a sensação descrita é constante. O tema dos últimos que escrevi tem sido sobretudo o amor.
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O amor tem as costas largas e quando não lhe falta a faca, falta-lhe o queijo, por isso, ouve-me bem, não invoques o nome do amor em vão, nunca te esqueças que todos os crimes cometidos em nome do amor são sempre crimes contra o amor.
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O meu amor por ti existe em mim.
Se fosse capaz de amar, amar-te-ia.
Amar-te-ia mesmo sem te conhecer.
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O amor não é uma droga,
mas pode deixar-nos altos.
O amor não é salvação,
mas pode elevar-nos.
O amor não é quando
nunca chegou a sê-lo.
O amor é uma montanha
que subimos com esforço.