QUE SE
FODA A MELANCOLIA
Não
escolhi a vida nem a escrita,
foram
elas que me escolheram.
Escrevo
tal qual vivo,
nem outra
coisa poderia fazer.
Outra
coisa seria não viver,
outra
coisa seria não escrever.
Não! Não
escrevo por obrigação
Nada
disso!
Sou
paciente e submisso,
repetitivo
e determinado.
Espero
pela morte
no
silêncio tumultuoso
da
escrita.
Vivo nas entrelinhas.