A ida à praia. O barco parado.
O estrépito tenso do motor.
O suor, o vento, a algazarra.
O formoso espelho ameaçado
apenas pela alegria obliterada
da minha ingénua antecipação.
Desta matéria enchi o poema,
labirinto de linhas convergentes
feito de constantes idas e vindas.
Agora sei que a vida é maré vaza,
agora sei que a vida é maré cheia,
agora sei o que a ria cedo me ensinou.