Guardava o rouxinol numa caixinha. Tudo o que queria era andar com o rouxinol empoleirado no dedo. Mas se abrisse a caixinha, ah! certamente fugiria.
Então amorosamente cortou o dedo. E, através de uma mínima fresta, o enfiou na caixinha.
Marina Colasanti, Um Espinho de Marfim & outras histórias, L&PM Pocket, vol. 170