Escreveu um poema e fez dele a sua casa. O poema era pequeno e não tinha água canalizada, mas podia levá-lo para todo o lado e tinha uma extraordinária vista sobre o ser.
2.
Escreveu um poema e viu-se nele. Escreveu outro poema e sentou-se nele.
Disseram-lhe que devia escrever mais.
Respondeu sem hesitar que só escrevia poemas quando precisava muito.
3.
Escreveu o melhor de todos os seus extraordinários poemas e decidiu nunca mais escrever.
Estava demasiado agradecido às palavras parar continuar a torturá-las.