Sentado na esplanada, no fim de uma tarde de Verão, aborrecia-me de verde quando avistei, do outro lado da rua, uma pequena árvore. Parecia uma noiva ruborizada, inocente e maliciosa, incapaz de esconder a sua estrondosa alegria. Quis então escrever sobre ela (ou sobre o que senti ao descobri-la), mas desisti depois de várias tentativas.
Continuo hoje a não ser capaz de revelar o seu (meu) mistério. Este texto só não teve o mesmo destino dos outros porque me ocorreu, enquanto o tentava escrever, que ele enunciava afinal ( na sua impossibilidade) a razão porque escrevo.