O POETA É UM FINGIDOR
Não percebiam o que ele escrevia, mas sentiam que era algo enorme, importante, algo que deveriam perceber, e então atribuíam-lhe prémios, muitos prémios, e ele ria-se e ria-se e ria-se e continuava a concorrer e a ganhar prémios, todos os prémios a que concorria mas, verdade seja dita, só concorria quando lhe faltava o dinheiro.
Luís Ene