sexta-feira, 24 de abril de 2009

O POETA É UM FINGIDOR

Não percebiam o que ele escrevia, mas sentiam que era algo enorme, importante, algo que deveriam perceber, e então atribuíam-lhe prémios, muitos prémios, e ele ria-se e ria-se e ria-se e continuava a concorrer e a ganhar prémios, todos os prémios a que concorria mas, verdade seja dita, só concorria quando lhe faltava o dinheiro.

Luís Ene

Cruzeiro Seixas

 Ouvir.