Acredito nas palavras com a mesma intensidade com que desconfio delas. É por isso que escrevo, é por isso que me calo.
Acredito nas pessoas com a mesma intensidade com que desconfio delas. É por isso que me aproximo das pessoas, é por isso que me afasto delas.
Acredito em mim com a mesma intensidade com que desconfio de mim. É por isso que constantemente me afirmo, é por isso que constantemente me nego.
Onde é que isso me deixa? Onde é que isso me leva?
A raiva e a inquietação estão sempre presentes em mim, onde quer que eu esteja, onde quer que eu vá. Felizmente, o entusiasmo e a fé também me acompanham.
Fé em quê? Fé em quem? Fé em mim mesmo e na natureza humana.
Por isso sigo em frente, como este texto, penosamente, alegremente, até atingir um fim que não é mais do que uma pausa.
UM MONÓLOGO É SEMPRE UM DIÁLOGO, UM DIÁLOGO É SEMPRE UM MONÓLOGO