Está tudo no olhar. No princípio
é sempre o olhar, nada mais
do que o olhar, o ver vem depois,
vem sempre depois, depois do olhar e
antes do fazer, ou não fazer. O
poema pode ser cego mas tem
os teus olhos. O poema pode
ser obscuro mas nunca é invisível.
Está tudo no olhar, não estás a ver?