Nada é simples quando se trata de palavras.
Quando se trata de palavras até a palavra simples é complicada.
um blog de Luís Ene
sexta-feira, 31 de julho de 2009
asas
pensei que me apeteceria dizer porra
merda foda-se ou apenas quedar-me em
silêncio em ira em dor mas nada disso
o que me apetece dizer
é apenas isto
e nada nada mais
obrigado
obrigado por tudo
merda foda-se ou apenas quedar-me em
silêncio em ira em dor mas nada disso
o que me apetece dizer
é apenas isto
e nada nada mais
obrigado
obrigado por tudo
quinta-feira, 30 de julho de 2009
da arte poética (ou do corte e costura metafísico)
Dá valor ao que tens.
Não desprezes as pequenas coisas.
Dá mais do que te é pedido.
Aceita os erros. Aprende com eles.
Vive o presente. Começa todos os dias.
Enfrenta um problema de cada vez.
Ri de ti próprio e da vida.
Nunca te leves demasiado a sério.
Se fizeres tudo isto,
serás tu próprio o poema.
Não desprezes as pequenas coisas.
Dá mais do que te é pedido.
Aceita os erros. Aprende com eles.
Vive o presente. Começa todos os dias.
Enfrenta um problema de cada vez.
Ri de ti próprio e da vida.
Nunca te leves demasiado a sério.
Se fizeres tudo isto,
serás tu próprio o poema.
domingo, 26 de julho de 2009
sábado, 25 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Até nunca mais
Sabes que eu morria por ti. Morria por ti! É por isso que me vou embora.
Até nunca mais.
Até nunca mais.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
rua do imaginario sexta 24
No último Rua do Imaginário - do qual não dei aqui conta - li um conto de Paulo Kellerman - Um Dia Bom - incluído na antologia Da Natureza, que será apresentada no Pátio das Letras amanhã (sexta-feira 24). Como o Paulo estará em Faro para a apresentação do livro, será possível tê-lo também na Rua do Imaginário. Ouçam o programa e fiquem a saber mais sobre o Paulo Kellerman.
E o Paulo tem um blog! E dois e-books aqui.
E o Paulo tem um blog! E dois e-books aqui.
A Terceira Lei de Newton
Zangou-se com a namorada e deu um soco na parede, sem mais nem menos. A parede nunca mais lhe falou.
[ideia: escrever uma ficção com o título de A Terceira Lei de Newton, sobre acção e reacção nas relações humanas.]
terça-feira, 21 de julho de 2009
micronarrativas
Todas as famílias felizes se parecem umas com as outras, cada família infeliz é infeliz à sua maneira.
[São pequenas frases como esta - que dá inicio ao romance - que são de certa forma as traves mestras deste romance e de qualquer outro excelente romance. Pequenas frases que iluminam todo o romance e sem as quais ele se tornaria vulgar. Não me perguntem porquê.]
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Concelhos
1.
Não és bom nem és mau, tens em ti o bem e o mal, depende da porta que abrires, depende da porta que forçares.
2.
Confia na tua primeira impressão sobre as pessoas, pode não dizer muito sobre elas, mas sem dúvida que diz muito sobre ti.
terça-feira, 14 de julho de 2009
merda é merda
Passeando estes dias por Faro (ou FARO!) tenho dado conta da estranha evolução da publicidade política: com uma clara prevalência da palavra sobre a imagem (algumas vezes só palavras) e uma clara falta de sentido, a não ser que acreditemos nas suas virtudes poéticas. Um dos cartazes (ou outdoors!) que me trazia mais intrigado é um que anuncia que “Faro é FARO”. Confesso que foi preciso a minha filha (com 12 anos) explicar-me para perceber. Disse-me ela, “Então não vês que o segundo Faro está a negrito e em maiúsculas! É como se fosse gritado. Como no MSN.” Pois é, estou convencido, é verdadeira poesia visual.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
inútil arte poética
Estás mal e a culpa é toda minha,
tu és a vítima e eu o verdugo.
É o que me dizes!
E eu?
Eu não conto!
Lamento,
mas já só tenho quatro
das cinco pedrinhas que me confiaste,
e sei, por mais que me custe, que
nada que eu diga fará
qualquer diferença.
tu és a vítima e eu o verdugo.
É o que me dizes!
E eu?
Eu não conto!
Lamento,
mas já só tenho quatro
das cinco pedrinhas que me confiaste,
e sei, por mais que me custe, que
nada que eu diga fará
qualquer diferença.
domingo, 12 de julho de 2009
As três vidas, João Tordo
Cheguei à solução do enigma numa tarde de ócio, em que passeava, desatento, por Greenwich Village. O facto de a resposta ter chegado dessa maneira era mais um indício que confirmava aquilo que vinha aprendendo com Milhouse Pascal: a natureza da realidade era fugidia e só se revelava nos momentos em que, distraídos de nós, permitíamos que os nossos sentidos se sobrepusessem à razão.
João Tordo, As três vidas
2 coisas muito diferentes
Antes morrer do que perder a vida, dizia ele com frequência, e os que o ouviam riam-se, mas a verdade é que uma coisa é estar morto ( e bem morto) e outra deixar de viver (e estar morto antes de tempo).
sexta-feira, 10 de julho de 2009
quinta-feira, 9 de julho de 2009
pequenos poderes e outras coisas bem portuguesas
Pelos mesmos motivos do Paulo ( e mais alguns) recomendo esta entrevista com Maria Filomena Mónica.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
terça-feira, 7 de julho de 2009
segunda-feira, 6 de julho de 2009
sábado, 4 de julho de 2009
Tarde de leite e rosas, ouvindo a floresta
Tarde de leite e rosas. Cada aresta
Tinha um rubi tremente:
Fomos ouvir o canto da floresta,
O seu canto de amor, ao sol poente.
Tu querias sorver os poderosos
Lamentos de saudade e comoção
Que,as raízes, dos fundos tenebrosos,
Mandavam, pelo ramo, pra o clarão.
Opalescera já, o ar. O vento,
Correndo atrás da sombra, murmurou...
Sentiu-se um fechar de asas. Num momento,
a floresta cantou.
Em cada ramo um violino havia:
Cada folha vibrava, ágil, sonora,
par'cendo que escondia uma harmonia,
nas sombras das ramagens, a Aurora.
Como a floresta, meu amor, eu tento
Atirar o meu canto pra a altura:
Para a fazer cantar, toca-lhe o vento,
Para me fazer cantar, no pensamento
passa o sopro da tua formosura.
João Lúcio
[a tentar fixar, com dificuldade, ainda trocando aqui e ali, como, por exemplo, perto do almoço: Tarte de leite e nozes]
Tinha um rubi tremente:
Fomos ouvir o canto da floresta,
O seu canto de amor, ao sol poente.
Tu querias sorver os poderosos
Lamentos de saudade e comoção
Que,as raízes, dos fundos tenebrosos,
Mandavam, pelo ramo, pra o clarão.
Opalescera já, o ar. O vento,
Correndo atrás da sombra, murmurou...
Sentiu-se um fechar de asas. Num momento,
a floresta cantou.
Em cada ramo um violino havia:
Cada folha vibrava, ágil, sonora,
par'cendo que escondia uma harmonia,
nas sombras das ramagens, a Aurora.
Como a floresta, meu amor, eu tento
Atirar o meu canto pra a altura:
Para a fazer cantar, toca-lhe o vento,
Para me fazer cantar, no pensamento
passa o sopro da tua formosura.
João Lúcio
[a tentar fixar, com dificuldade, ainda trocando aqui e ali, como, por exemplo, perto do almoço: Tarte de leite e nozes]
sexta-feira, 3 de julho de 2009
rua do imaginário 3 de Julho
Courage width Robert Creely – The way ou is via the door –
[7] what’s gone is gone 3:38
[8] have we told you 4:43
Mingus Ah Um / Charlie Mingus
[1] Better Git In Your Soul – 7:21
[2] Goodbeye Pork Pie Hat – 5:42
José Peixoto – O que me diz o espelho de água
[1] O que não se vê 3:53
[4] Que sente uma nuvem sozinha no céu? 3:31
John Lee Hooker – Antology 50 years – D1
[9] Dimples 2:10
[14] Teaching the blues 3:28
The Idan Raichel Project – Mi’Ma’amakim – Out of the depths
[1] Al’e Nisa Ba’ruah 2:51
[5] Mima’amakim 5:52
Assouf – Bally Olhmani/Steve Shehan
[8] Yallah Alghib Mattihan 8:12
[1] Eilan Akabar Warigaza 7:58
[7] what’s gone is gone 3:38
[8] have we told you 4:43
Mingus Ah Um / Charlie Mingus
[1] Better Git In Your Soul – 7:21
[2] Goodbeye Pork Pie Hat – 5:42
José Peixoto – O que me diz o espelho de água
[1] O que não se vê 3:53
[4] Que sente uma nuvem sozinha no céu? 3:31
John Lee Hooker – Antology 50 years – D1
[9] Dimples 2:10
[14] Teaching the blues 3:28
The Idan Raichel Project – Mi’Ma’amakim – Out of the depths
[1] Al’e Nisa Ba’ruah 2:51
[5] Mima’amakim 5:52
Assouf – Bally Olhmani/Steve Shehan
[8] Yallah Alghib Mattihan 8:12
[1] Eilan Akabar Warigaza 7:58
somos capazes
quinta-feira, 2 de julho de 2009
PUBLICIDADE
fácil
Era o que sempre quisera, a minha paixão. E havia mercado. Na verdade, foi extremamente fácil tornar-me um assassino bem sucedido.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
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Cruzeiro Seixas
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